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O segundo dia no Atacama foi cheio e começou super cedo!

Eu fiz dois passeios: Geyser del Tatio e Pueblo Machuca na parte da manhã e Valle de la Muerta e Valle de la Luna a partir das 16h.

Spoiler: foi um dia incrível, com paisagens maravilhosas e até arco-íris depois da chuva.

Geyser del Tatio

Distância de San Pedro: 90 km | Altitude: 4.320m | O que levar: roupa para temperaturas negativas, roupa de banho e toalha

O micro-ônibus me buscou no hostel às 4h30 da manhã e seguimos para o norte, em direção ao nosso primeiro destino. Foram 90km de viagem e um pouco de enjôo, porque a altitude vai aumentando bastante e a estrada é cheia de curvas e buracos. Depois disso eu entendi porque eles aconselham não tomar café da manhã antes do passeio.

Chegamos no local e ainda estava escuro. Além disso, estava bem frio. Esse foi o momento mais frio da viagem, com temperatura negativa, sendo que durante o dia estava bem agradável, entre 25ºC e 30ºC.

Quando chegamos, o guia montou uma mesa de café da manhã com várias coisas bem boas. Como os geysers chegam a fazer 85ºC, eles colocaram o achocolatado líquido pra esquentar ali mesmo, dentro dos “buracos”. Também colocaram ovos pra cozinhar.

Os Geysers del Tatio são formados quando rios gelados e subterrâneos entram em contato com rochas quentes. Isso resulta em um campo geotérmico, onde colunas bem grandes de vapor saem para a superfície através de fissuras na crosta terrestre. Esse vapor chega a alcançar a temperatura de 85ºC e até 10m de altura. Resumindo: uma coisa incrível de assistir!

Esse espetáculo não dura muito, então é bem importante chegar cedo, que é quando os geysers estão a todo vapor – literalmente.

As fotos não conseguem captar o momento – e nem o cheiro enjoativo de enxofre (ainda bem). O dia vai clareando e os geysers vão “acalmando”.

Depois disso fomos caminhando até as piscinas térmicas naturais. A temperatura externa ainda era baixa, mas a água estava bem quente. Eu acabei não entrando na piscina – ainda estava com bastante frio e um pouco enjoada.

Pueblo de Machuca

No caminho de volta para San Pedro nós descemos em Machuca, um pequeno vilarejo. Poucas pessoas ainda moram ali e todas as casas possuem placas de energia solar.

O vilarejo não tem muitas atrações, a não ser visitar a igreja, um pouco de artesanato e uma pessoa que vende espetinhos de carne de llama.

 

Valle de la Muerte

Distância de San Pedro: 2 km | Altitude: Praticamente a mesma de San Pedro (+ ou – 2.400m)

O Valle de la Muerte fica bem próximo de San Pedro e geralmente é um destino com pouca variação de altitude. Muita gente faz esse percurso de bicicleta.

Minutos depois de sair da cidade nós descemos numa estrada (a principal, que é caminho pra Calama) e caminhamos um pouquinho.

Esse casal da foto abaixo era muito querido. Ele é australiano e ela vietnamita. Eles se conheceram na 2a Guerra Mundial – ele tinha sido ferido e ela foi a enfermeira que cuidou ele. Desde que eles se aposentaram eles viajam todos os anos pra algum lugar diferente.

A paisagem é incrível, como todas que eu vi no deserto. O contraste das cores é lindo e só não foi possível avistar (ainda) mais longe porque o dia estava nublado.

Esse vale é bastante procurado pra fazer sandboard.

Como muita coisa no deserto, há diferentes versões para justificar o nome desse vale. O guia que nos acompanhou neste passeio nos contou duas:

  1. A primeira lenda diz que foi encontrado um grande número de ossos humanos nesse vale e que quem tentava fazer a travessia acabava morrendo.
  2. A segunda lenda diz que o arqueólogo francês Gustavo Le Paige foi quem descobriu o local e achou semelhanças com Marte – o planeta vermelho. Le Paige teria batizado o lugar como Valle de Marte, mas os nativos acabaram confundindo Marte com Muerte (por causa do sotaque) e o nome errado acabou pegando.

Mirador de Kari + Piedra del Coyote

Bem próximo do Valle de la Muerte, e a caminho do Valle de la Luna – nós paramos no Mirador de Kari (Mirante de Cari), um ótimo lugar pra avistar a Cordilheira de Sal, que está paralela a Cordilheira dos Andes, a Cordilheira de Domeyko e ao Salar de Atacama). Essa cordilheira foi moldada através do tempo pela erosão da chuva, do vento e de outros agentes atmosféricos. O resultado é esse visual inóspito, composto basicamente por argila, clorato, gesso e sal.

Atrás dessa cordilheira tem o Salar de Atacama e láaa no último plano é a Cordilheira dos Andes.

Um dos pontos mais procurados é a Piedra del Coyote, que tem esse nome por ser parecido com a do desenho animado, aquele com o Papa-léguas.

Valle de la Luna

Distância de San Pedro: 17 km | Altitude: Praticamente a mesma de San Pedro (+ ou – 2.400m)

O Valle de la Luna é outro lugar maravilhoso, que forma parte da Cordilheira de Sal e pertence a Reserva Nacional dos Flamencos. O vale é chamado assim porque tem cristais e formações rochosas que têm um brilho intenso e reflete em noites de lua cheia.

Ouvi falar que é o lugar mais inóspito do planeta Terra, mas há controvérsias e diferentes opiniões sobre o assunto. De qualquer forma, nesse vale não há vida ou umidade.

O passeio foi dividido em 3 momentos: 1) Cuevas de Sal, 2) Las Tres Marias e 3) Dunas.

Cuevas de Sal

O passeio pelas Cuevas (cavernas) de Sal não é recomendado pra quem tem claustrofobia e você vai entender o porquê nas fotos.
Depois que descemos do micro-ônibus nós recebemos algumas instruções (como em todos os passeios) e ganhamos lanternas pra usar no interior das cavernas.

Para chegar na caverna tem que andar um pouco na areia fofa, mas é coisa rápida.

O percurso interno não é longo, mas tem trechos bem estreitos, como esse da foto.

Depois de sairmos da caverna nós fomos subindo e descendo os paredões até chegar de volta ao ponto de partida e pegar o transporte pro próximo destino.

Las Tres Marias

Uma parte da escultura foi quebrada por algum nativo ou turista, mas dizem que a primeira Maria está agachada, a que está no meio está segurando um bebê e a terceira está com os braços pra cima. Eu não vi nada disso.

Nesse momento começou a chover um pouco.

Dunas

De todos os passeios, talvez esse seja o mais cansativo. Nada muito absurdo, mas para chegar na parte alta era preciso subir as dunas, ou seja, muita areia fofa no caminho.

A chuva já tinha passado, mas eu sabia que não teria o pôr do sol perfeito que todos comentavam sobre esse lugar, mas eu tive uma surpresa bem feliz:

Arco-íris já é um fenômeno incrível e no meio do deserto ficou ainda mais especial.

E em questão de minutos foi escurecendo e os tons mudando. ♥

E assim encerramos mais um dia incrível de passeios pelo Deserto do Atacama! ♥

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4 Replies to “Deserto do Atacama, Chile | Passeios dia 2: Geyser del Tatio, Valle de la Muerte e Valle de la Luna”

  1. Deserto de Atacama | Parte 1: passagem, translado e hospedagem | Meu mapa-múndi says: 15/06/2015 at 12:21

    […] Post sobre o segundo dia de passeios (Geyser del Tatio, Valle de la Luna, Valle de la Muerte e Piedra del Coyote): aqui. […]

  2. Deserto do Atacama | Parte 5: Lagunas Chaxas, laguna y vulcano Miscanti & Miñiques | Meu mapa-múndi says: 18/08/2015 at 23:03

    […] Deserto do Atacama | Parte 3: Geyser del Tatio, Valle de la Muerte e Valle de la Luna […]

  3. andreia says: 08/09/2015 at 22:25

    Sophia, quanto tempo fica dentro desta caverna? Tem bichos lá dentro?

  4. andreia says: 09/09/2015 at 22:17

    Obrigada.

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