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Fiz uma votação lá no stories do Instagram perguntando qual o próximo post que gostariam de ver por aqui e esse foi o vencedor. #democracia

Organizei por temas algumas dicas de como eu organizo uma viagem, seja ela internacional ou aqui no Brasil. Não tem regra ou o jeito certo pra nada disso, mas são coisas que funcionam pra mim.

Como eu escolho um destino

Eu tenho 30 dias de férias por ano, mas nunca tirei os 30 dias seguidos.  De uns ano pra cá eu geralmente salvo duas semanas ou 20 dias para uma viagem mais longa e nos outro dias eu acabo usando na época das festas de final de ano. Eu sei que é o período mais caro, mas eu adoro fazer uma pausa nessa época e é quando eu vou pra minha família.

Além disso, tento aproveitar feriados ou finais de semana pra fazer algumas viagens mais curtas. Por sorte e em função do meu trabalho (e dos trabalhos anteriores), de vez em quando rolam algumas viagens de última hora, que não estavam nos planos.

Mas como que eu escolho o destino das minhas férias? Já vou começar com “depende”…

A minha bucket list é gigante, mas não sou de contar países, ou seja, não tenho problema em voltar pra um lugar que eu goste muito ou então conhecer mil países numa mesma viagem. O que vale pra mim é a experiência.

Eu geralmente tenho salvo uma lista dos destinos que eu quero ir, tanto no Brasil quanto no exterior e daí fico de olho em passagens e promoções. Paralelo a isso, vou namorando os destinos pelo Instagram.

Em geral, eu tenho em mente pra onde eu quero ir e tento pensar na melhor época para ir para esse destino, vejo se ele casa com o meu período de férias (que não é fixo) e por aí vai.

Quando eu onde eu compro a passagem

Passagens aéreas

Gosto de olhar nos sites das próprias cias aéreas porque sempre encontro opções de voos e promoções que não encontro em grandes portais.

No caso de passagens aéreas, eu pesquiso nos portais tipo Decolar e Skyscanner para ter uma ideia de valores. Nesses mesmos site você pode preencher o destino, período da viagem e valor máximo que está disposto a pagar e ativa as notificações para receber um alerta quando os preços baixarem.

Se você está procurando passagens promocionais para qualquer destino, indico baixar o app do Passagens Imperdíveis e ativar as notificações.

Dizem que para destinos internacionais a melhor época para comprar uma passagem é 3 meses antes. claro que se for num feriadão ou data comemorativa (natal, carnaval) o jogo vira e daí quanto antes, melhor.

Ticket de trem

Nesse caso eu pesquiso quais as empresas que operam no destino que eu vou e compro através do próprio site deles. Tem que ficar esperto, existem muitos sites que revendem passagens de trem e cobram taxas absurdas.

Nesse caso vale a pena comprar com antecedência e, dependendo da economia que você deseja fazer, buscar trechos off peak, ou seja, fora do horário de pico (geralmente bem cedo ou bem tarde), que são os valores mais em conta.

Caso o trecho que eu vá fazer seja mais curto e tenha com bastante frequência eu deixo para comprar a passagem na hora.

Ah! Lembrando que o trem geralmente tem a super vantagem da localização, ou seja, você embarca e desembarca em uma região central. Fora que não tem a função de aeroporto, bagagem, etc… Vou fazer um outro post mais específico sobre o assunto!

Passagens de ônibus

A maior vantagem é que nesse tipo de transporte a passagem não tem oscilação de preços, então pode ser um quebra-galho para uma viagem de última hora.

Importante: toda vez que eu vou pesquisar passagem de avião e trem, eu faço a busca em uma janela de navegação privada pra não salvar a busca/demanda e não influenciar no valor.

Como eu escolho o bairro que vou ficar hospedada

Isso depende muito do tamanho da cidade e da quantidade de dias que vou ficar no destino.

Se é um lugar que eu não conheço e vou ficar poucos dias, busco a melhor localização possível que caiba no meu bolso, assim aproveito ao máximo a cidade e fico mais próxima das atrações que eu quero conhecer.

Se é um destino que vou ficar mais dias e a hospedagem é mais cara, busco sempre um lugar que tenha a opção de transporte público por perto.

Como eu escolho o tipo de hospedagem

Com relação ao tipo de hospedagem, eu não tenho uma regra e vai depender do budget da viagem e do destino em si, mas geralmente faço o seguinte:

Airbnb

É a minha escolha se eu vou ficar mais de 4 ou 5 dias numa cidade e estou com mais alguém. O Airbnb é muitas vezes mais confortável que hotel e, como eu adoro ir em supermercado (principalmente em viagens), eu acho uma ótima opção.

Tem como alugar um quarto ou a casa inteira, mas independente disso, é importante ler as avaliações. Eu sempre reservo um lugar que já tenha sido avaliado por brasileiros, porque acho que nós somos mais críticos com relação a várias coisas, inclusive higiene.

Hotel

Geralmente quando vou ficar poucos dias e quando estou a trabalho. Hotel tem toda uma comodidade, opções de serviços, alguém a disposição 24h/7 caso seja preciso…

Antes de fazer a reserva eu olho as avaliações do hotel no Trip Advisor, olho as fotos reais postadas pelos dos viajantes e olho no Instagram também, buscando o hotel pela localização.

Dica extra! Sempre que vou buscar algum hotel eu tento conciliar com algum site que me dê um benefício, como por exemplo: Smiles, que você faz a sua reserva pagando com dinheiro e acumula milhas; Hotéis.com, que a cada 10 diárias, você ganha uma extra; Hot Wire, que você reserva um hotel “às cegas”, sabendo apenas o bairro, a avaliação, o preço e sabe também que ele pertence a uma das redes que o site trabalha. Resumindo, com o Hot Wire você reserva um hotel 4 estrelas pelo preço de um hotel 2 estrelas. O nome do hotel você fica sabendo assim que realiza o pagamento.

Hostel

Além de ter sido a opção de hospedagem durante o meu mochilão inteiro na época do intercâmbio e das viagens mais curtas que eu fiz quando morei um ano na Irlanda, acabei ficando em hostel em alguns outros momentos que viajei sozinha, como foi o caso do Deserto do Atacama e de Chicago. O bom do hostel é conhecer gente de vários lugares, ter sempre movimento por perto e, geralmente, uma boa localização. Lembrando que, caso você prefira, existe a opção de quartos privativos.

Independente do tipo de hospedagem, eu busco sempre as mesmas coisas: um lugar limpo, chuveiro bom, cama boa, wi-fi e uma tomada ao lado da cama.

Onde eu busco referências e dicas sobre o destino

Em vários lugares!

Instagram

Salvo as referências, fotos e dicas em pastas (dentro do próprio Instagram), mesmo quando ainda não sei pra onde vou. Tenho mil pastas de vários países e cidades. Quando vejo algo legal, eu salvo pro futuro, seja pra mim ou pra indicar pra alguém. Pra entender melhor é só procurar por “Tips&Trips” nos destaques lá no Instagram do Meu mapa-múndi.

Guias de viagem

Comprei poucos que valeram a pena até hoje, mas acho ótimo para ter uma ideia geral da cidade ou país. Acho que vale a pena quando você for para uma metrópole, talvez um lugar bem rico historicamente ou então quando for explorar várias cidades de um mesmo país.

Blogs

Junto com o Instagram, é onde eu mais busco dicas! Adoro ler posts gerais, pra entender um pouco mais sobre a cidades e os bairros, além de dicas especiais, que muitas vezes não encontramos nos guias.

Revistas

É o que eu menos acabo acessando. Já assinei por um tempo a revista Aprendiz de Viajante e gostei bastante. Atualmente tenho lido mais as revistas de cias aéreas, que geralmente são bem interessantes. Quando gosto de alguma coisa eu tiro foto pra lembrar da dica depois ou, se tem mais coisas legais, acabo levando a revista pra casa.

Amigos

Quando a gente vê avaliações de um lugar em um site a gente não sabe o perfil daquela pessoa que está avaliando, né? Mas quando um amigo indica alguma coisa a gente já consegue ter mais certeza se vale a pena ir naquele lugar. Eu adoro essa troca e sempre peço dica pros amigos!

Apps e sites

Procuro também sites com a programação cultural da cidade pra ver se vai ter algo legal na época que eu vou. Já comentei nesse post aqui que eu uso o Songkick pra rastrear shows das bandas que eu gosto.

Abaixo eu vou comentar sobre um app bem legal, que tem a ver com dicas de locais.

  • Dicas de locais

Vai ficar em Airbnb e o anfitrião é acessível? Peça dicas pra ele. Quando fui pra Itália ano passado eu fiquei num apartamento em Amalfi, na Costa Amalfitana, que a anfitriã era maravilhosa e me deu várias dicas de restaurantes maravilhosos e que nem estavam na minha lista. Amei!

Outra forma de conseguir dicas locais é através do app Cool Cousin, que é muito legal! No CC você se conecta com pessoas locais de um determinado local que compartilham dos mesmos interesses. E nem precisa interagir, pode apenas ter acesso ao mapa de lugares que elas mais gostam na cidade.

Como e onde eu organizo as informações

Instagram

Como ja comentei ali em cima, uso as pastas do Instagram.

Bloco de notas do celular

Anoto coisas aleatórias pra não esquecer, mas sempre no mesmo arquivo. Faço uma lista de todos os lugares que eu quero ir, seja restaurante, loja, museu, etc. Acho um bom lugar pra anotar porque estou sempre com o meu celular.

Google Drive

Uso a planilha para organizar o roteiro e as pastas pra salvar reservas e comprovantes.

My Maps do Google

Isso é vida! Você pode criar um mapa personalizado e inserir pins nos lugares que você deseja visitar. Tem como customizar o pin, separar por temas e cores pra identificar restaurantes, bares, lojas, etc. É muito fácil e super prático pra viagens, e compartilhar com mais pessoas.

Esse aqui abaixo foi o que eu personalizei quando fui pra Montevidéu.

Fonte: Google Maps

Como eu faço o roteiro

Organizo tudo no My Maps

Depois de fazer a lista com todos os lugares que eu quero ir e passar tudo pro My Maps (que eu comentei aqui em cima) eu tenho uma boa ideia de onde ficam as coisas na cidade.

Divido a programação por dia e por bairros ou regiões

Eu gosto de organizar o roteiro por dia e região. Dessa forma a gente não fica indo e vindo, gastando tempo e dinheiro com deslocando para o mesmo lugar.

Além disso, eu sempre busco opções para comer por perto, pra não ir em qualquer lugar e gastar dinheiro e uma refeição a toa num lugar que talvez não seja tão bom.

De qualquer forma, uma coisa eu gosto de fazer – quando tempo mais tempo num destino – é não deixar a programação engessada, ou seja, se eu programo um dia com atividades externas mas a previsão é de chuva, eu pego a programação de um outro dia que tem mais museus, por exemplo.

E outra… eu gosto de ter tempo livre pra não fazer nada correndo, pra curtir os lugares, o clima da cidade. Gosto de ter um tempo pra andar sem rumo, fazer um turismo freestyle.

Pesquiso horários e dias de funcionamento dos lugares

É sempre bom pesquisar os horários/dias de funcionamento das atrações. No caso dos museus, por exemplo, geralmente tem um dia que não abre, outro dia que a entrada é gratuita e provavelmente esteja bem cheio…

Apps para organizar o roteiro

Além do My Maps (com a possibilidade de ser offline, mas sem salvar os pins), o TripIt e Google Trips. Todos gratuitos!

Como eu calculo quanto dinheiro devo levar na viagem

Esse é outro tópico que eu vou começar com “depende”… Depende do perfil da viagem e da pessoa, depende do destino e da programação.

Depois que você tiver definido mais ou menos a lista de lugares que deseja conhecer, pesquise os valores das entradas no site. Depois que escolher alguns restaurantes, confira se os mesmos têm menu online com os preços ou então busque a média de preços no Trip Advisor.

Um site que pode ajudá-lo a ter uma ideia de preços é o Quando Custa Viajar.

Leve sempre um cartão de crédito com você e, se a viagem for para o exterior, o cartão precisa ser internacional e deve estar desbloqueado para compras fora do país.

Documentos, vacinas, seguro viagem

Por último, mas não menos importante (apenas menos divertido), é muito importante se informar se o destino que você vai precisa de passaporte, visto prévio, vacina, seguro viagem, etc. Além disso, documento de identidade e passaporte dentro da validade. Em alguns lugares o passaporte precisa ter, no mínimo, 6 meses de validade para poder entrar no país.

No caso de viagens internacionais, à medida que eu vou fazendo as reservas eu já vou salvando tudo numa pasta e, mesmo tendo apps que organizam isso, eu imprimo e deixo organizando caso solicitem alguma coisa na imigração.

Espero que vocês tenham gostado das dicas e que elas sejam úteis na hora de vocês programarem a próxima viagem! 🙂

4 Replies to “Por onde começar a organizar e planejar uma viagem e como eu organizo as minhas”

  1. Juciéli says: 15/09/2018 at 17:41

    Post completíssimo. Adorei as dicas 😉

    1. Sophia Catalogne says: 16/09/2018 at 21:45

      Oba! Que bom que tu gostou, Juci! ♥
      Tentei lembrar de todas as etapas, mas se faltar alguma coisa eu vou adicionando com o tempo 🙂

  2. Cristhine Negrão says: 16/09/2018 at 16:55

    Show! Algumas coisas faço igual. Essa dica do CC e do My Maps já anotei. Preciso fazer essa lista dos locais/países TB. Sempre aprendo algo novo com seus posts. Adoro.

    1. Sophia Catalogne says: 16/09/2018 at 21:43

      Que demais! Muito muito obrigada, Cristhine! Fico feliz que você tenha gostado e que as dicas sejam úteis! 🙂

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