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A convidada especial de hoje é a Pati Cuozzo, que escreveu um post contando sobre a experiência incrível no Peru! 

Confesso que visitar o Peru não estava nos meus planos tão cedo; no meu roteirinho mental, o próximo destino estava mais para Buenos Aires (I just cant get enough!) ou Santiago do Chile, que ainda não conheço. Mas por um desses “acasos” da vida, acabei embarcando com minha família para terras peruanas, em uma das viagens mais mágicas que tive a oportunidade de fazer.

Antes, deixa eu me apresentar: sou a Pati Cuozzo, uma produtora de moda que toma homeopatia, lê astrologia e acredita em energias e misticismos. Meio contraditório eu ter estas características e conhecer Machu Picchu não ser uma opção óbvia para mim, né? Talvez…

A chegada em Cusco, por si só, já é uma aventura. Isso por conta da altitude da cidade, que está a mais de 3 mil metros acima do nível do mar e, por essa razão, causa nos viajantes o “mal de altitude”, um desconforto na respiração conhecido por lá como soroche. Então, além de todas as expectativas normais que uma viagem causa, chegar em Cusco ainda conta com a ansiedade de saber como vai ser para RES-PI-RAR. Chá de coca de boas-vindas, alimentação leve e não sair se aventurando já de largada são as principais recomendações a quem chega na cidade. Tomar bebidas mornas ou quentes foi a dica da camareira quando me viu abatida no segundo dia de viagem, porque não tem jeito: em maior ou menor escala, o mal de altitude vai te afetar! Por isso, ao primeiro sinal de dificuldade para respirar, tontura ou enjoo, te joga nas Sorochi Pills – as pílulas da salvação.

Quando minha família montou o roteiro e disse que ficaríamos uma semana em Cusco, admito que achei muito tempo para uma cidadezinha que, aparentemente, tinha meia dúzia de coisas para fazer. Não poderia estar mais equivocada! Fizemos da poética e colonial Cusco a nossa base e, a partir de lá, fomos tranquilos descobrir a cultura e ancestralidade do povo Inca.

Plaza das Armas em Cusco - um povo festivo, de cores e orgulhosos do seu folclore! | Arquivo pessoal
Plaza das Armas em Cusco – um povo festivo, de cores e orgulhosos do seu folclore! | Arquivo pessoal
Plaza das Armas | Arquivo pessoal
Plaza das Armas | Arquivo pessoal

Tiramos dois dias para explorar o Valle Sagrado. Por lá, tivemos contato com a maestria das tecelãs de Chinchero, os experimentos agrícolas nos anéis de Moray, as salineiras impressionantes de Maras, a prata e a astronomia de Pisac, a luzes e sombras de Ollantaytambo… Aliás, Ollantaytambo é uma cidade estratégica por questões históricas (era um complexo militar e religioso) e, hoje em dia, bastante prática, já que é de lá que sai uma das opções de trem que leva a Águas Calientes, a cidadezinha base para se chegar ao Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu. Eu adoraria ter ficado por mais tempo em Ollantaytambo, curtido o astral romântico e melancólico do lugar, me perdendo entre os cafés, restaurantes e lojinhas escondidos em suas conservadas ruelinhas de luzes amareladas.

Salineras de Maras | Arquivo pessoal
Salineras de Maras | Arquivo pessoal
Moray | Arquivo pessoal
Moray | Arquivo pessoal
Ollantaytambo | Arquivo pessoal
Ollantaytambo | Arquivo pessoal

Mas vamos ao auge da viagem: Machu Picchu, a cidade sagrada dos incas.

Para chegar ao parque onde estão as ruínas de Machu Picchu, necessariamente você vai passar por Águas Calientes. Todo o esquema dos ônibus que sobem e descem do vilarejo até o topo do parque é muito bem organizado, apesar das longas filas de espera. Chegando lá, de cara fui impactada pela energia da “cidade perdida dos incas”. É um lugar realmente único e místico, que te propõe uma reflexão acerca da cultura e ancestralidade da civilização inca. Impossível estar lá vivenciando e absorvendo tudo aquilo e não questionar alguns princípios que temos por conta da colonização europeia.

Estando em meio às ruínas da ciudadella, você tem a opção de subir duas montanhas que garantem uma vista de tirar o fôlego: a Huayna Picchu e a Machu Picchu Montaña. Eu optei por subir a segunda, que leva o nome do parque e fica ao lado oposto da Huayna Picchu. Eram 3 mil degraus até o seu topo e eu não consegui alcançar… Um grande aprendizado que tirei disso é saber reconhecer meus próprios limites e ter a certeza que fui até onde meu corpo e minha mente me permitiram. Minhas pernas doíam e todos os meus músculos estavam com o cansaço acumulado do dia que visitamos Apu Winicunca, a montanha colorida que fica ao sul de Cusco e foi aberta há pouco mais de um ano para visitação. Neste trajeto, foram mais de 5 mil metros percorridos até o topo do monte, com a recompensa de ver a mágica “montaña de siete colores” do alto. Toda a paisagem do caminho me pareceu surreal, com elevações vermelhas de um lado e cumes branquinhos de neve do outro. Caminhar naquela imensidão me fez ter ainda mais consciência do grãozinho de areia que somos diante da vasta imensidão do mundo!

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Trajeto de Subida da montanha de 7 cores | Arquivo pessoal
Trajeto de Subida da montanha de 7 cores | Arquivo pessoal
Montanha das 7 cores | Arquivo pessoal
Montanha das 7 cores | Arquivo pessoal

Pois é, conhecer Cusco e Machu Picchu não foi apenas uma viagem; foi uma experiência de vida. Daquelas que te mudam para todo o sempre. E foi justamente esse aspecto que tentei transmitir nesse relato para o Meu mapa-múndi. Afinal, o lado mais turístico do roteiro o Google pode te contar.

Gracias por dividir com a gente a tua viagem! Quem quiser conhecer o trabalho da Pati sobre moda, conteúdo e estilo é só seguir @PatiCuozzo 🙂 

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